
Pelourinho:
Ruas estreitas, calçadas com paralelepípedos. Sobrados coloridos, construções seculares, gente simples, que já foi marginalizada pela história, mas que hoje se orgulha de habitar um dos mais importantes centros históricos do Brasil. O Pelourinho é tudo isso. Sua trajetória é permeada de momentos glória e também de degradação social, que foi acentuada por lá na década de 60 quando da expansão de outras localidades da capital baiana, o Pelourinho começou a sofrer com o caos econômico. Hoje, restaurado e tendo sua importância resgatada pelo Governo do Estado da Bahia, é um dos nossos principais pontos turísticos e um dos maiores patrimônios históricos e culturais brasileiros.Em tempos distantes, a palavra "pelourinho" identificava o lugar dos engenhos reservados para castigar os escravos. O que é atualmente um local rico em costumes culturais, pólo musical e do artesanato baiano, também serviu para esta triste finalidade. Lá, os senhores de engenho castigavam publicamente os seus escravos, dando ao povo uma prova de poder. Entre os séculos XVI e XX, a aristocracia de Salvador era população que habitava o Pelourinho. Eram políticos, comerciantes abonados e integrantes do clero se concentravam ali. As importantes sedes do poder também tinham suas bases lá: Assembléia Legislativa, a sede do Governo do Estado, Câmara Municipal e a sede da Prefeitura. Atualmente continuam naquela localidade a Câmara Municipal e a Prefeitura da cidade.
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Apesar de o nome ter sido mantido, o Pelourinho foi se transformando em um bairro, ou melhor, no mais imponente conjunto arquitetônico barroco de Salvador, abrigando as mais importantes entre as igrejas da
cidade, além de sedes de entidades de respeito como o ijexá Filhos e Gandhy e o afro Olodum. É neste local, cuja história e sonoridade ecoada dos tambores chamou a atenção de personalidades do música mundial como Michael Jackson e Paul Simon, que estão escolas que lapidam o talento de pequenos músicos, promessas de mostrar a outras gerações a riqueza musical da localidade. É a cultura que ainda guarda fortes influências das culturas africana e indígena. Também no Pelourinho estão as diversas lojinhas de artesanato, que tanto chamam a atenção dos milhares de turistas que visitam a cidade a cada ano. Esses, por sua vez, não passam por Salvador sem ser "batizados" com uma caminhada pelas ladeiras do Pelô, como é carinhosamente chamado por nativos e visitantes. Esses, aliás, são atraídos também pela efervescência cultural que todas as noites toma conta do bairro. É o reggae, é roda de capoeira, é a conversa com os moradores de lá, é a história de cada construção, o artesanato. Tudo quer expressar alguma coisa e nenhum visitante passa impune, acaba se rendendo aos encantos do lugar.

Modernidade e tradição
O projeto de recuperação do Pelourinho, posto em prática pelo Governo do Estado, em etapas, desde o ano de 1990, foi simplesmente arrojado. Casarões, sobrados e templos ganharam novas estruturas e novas cores. As ruas ganharam mais limpeza, mais segurança. Quem viu o Pelourinho há dez anos e hoje se depara com tantas mudanças se surpreende com tamanho desenvolvimento, o que trouxe modernidade ao bairro, maior qualidade de vida aos moradores e, claro, aconchego a quem chega. Pode-se dizer que após a reforma, o Pelourinho resgatou sua pluralidade cultural e religiosa, sem perder sua singularidade turística

BREVE MAIS CANTINHOS ESPECIAIS, AQUI NO ESPAÇO CULTURAL ;)
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